Clique Fashion marca presença na Imersão Consultor Estratégico com palestra inspiradora de Fabi Ramos
Clique Fashion marca presença na Imersão Consultor Estratégico com palestra inspiradora de Fabi Ramos, no último dia 14 de Setembro, a diretora da Clique Fashion, foi destaque no evento Imersão Consultor Estratégico, promovido pela empresa Consulting no Instituto Lyouman, em São Paulo. Convidada por Thiago Germano, especialista em mentorias executivas e consultorias empresariais, Fabi compartilhou sua trajetória em uma palestra repleta de insights estratégicos, focados em resultados e toques motivacionais. A participação de Fabi no evento trouxe momentos marcantes, nos quais ela revelou detalhes sobre sua trajetória inspiradora. De origem gaúcha, Fabi migrou para São Paulo ainda jovem, iniciando sua carreira em empresas como Index Jeans, Dhor Rio, Joy, Morena Rosa Group e Reserva Natural. Com uma trajetória sólida e desafios superados, Fabi transformou-se em uma referência no setor da moda, hoje levando impacto real aos seus clientes em diferentes estados por meio da Clique Fashion. O evento reuniu nomes renomados, como Thiago Germano, Lincoln Nunes e Samuel Bortolin, proporcionando um ambiente enriquecedor de troca de experiências e conhecimento. “Participar desse encontro foi uma honra para a Clique Fashion. Ver nossa diretora, com mais de 30 anos de experiência, ao lado de especialistas de destaque, reforça nossa missão de evoluir constantemente e entregar sempre os melhores resultados a nossos parceiros”, afirmou a equipe da Clique Fashion. A palestra de Fabi trouxe à tona temas que exemplificam sua visão resiliente diante dos desafios da vida e a força que os profissionais podem desenvolver ao superar adversidades, gerando resultados extraordinários que transformam a vida de empresas e pessoas. A Clique Fashion agradece aos organizadores e parceiros pela oportunidade de fazer parte deste evento memorável, com a promessa de continuar contribuindo para o crescimento e sucesso de nossos clientes e parceiros.
Fabi Ramos direto de Paris na Première Vision 2024
A cidade-luz brilhou ainda mais com a presença de Fabi Ramos direto de Paris na Première Vision 2024, a diretora da Clique Fashion, referência em consultoria de moda, foi conferir de perto a edição de 2024 da Première Vision, o evento que dita as tendências globais do setor fashion. Mais do que uma feira, a Première Vision é o coração pulsante da inovação têxtil, onde materiais, cores e texturas se encontram para moldar as próximas temporadas. Fabi Ramos esteve lá para absorver essas novidades e transformá-las em coleções criativas, com foco em alta conversão nas vendas. Participar da Première Vision é um dos momentos mais estratégicos no calendário da moda. A feira oferece um verdadeiro mapa das futuras tendências, essencial para quem busca criar coleções alinhadas com o que o mercado realmente deseja. Fabi Ramos, com seu olhar treinado e sua vasta experiência, foi além das tendências óbvias, capturando detalhes que muitas vezes passam despercebidos e que fazem toda a diferença quando aplicados a coleções de moda. Mas a imersão de Fabi em Paris não se limitou à feira. Ela também percorreu um circuito exclusivo por pontos icônicos da cidade, conhecidos por serem ricos em inspiração e fonte de insights valiosos. Da elegância clássica do Marais às vitrines de luxo da Avenue Montaigne, cada esquina de Paris oferece um novo universo de referências. Fabi explorou de perto as lojas-conceito, exposições e os hotspots de grandes marcas, como Chanel e Louis Vuitton, que frequentemente olham para essas mesmas ruas para desenhar suas futuras coleções. Essa jornada por Paris proporcionou um estudo profundo dos estilos de vida e comportamentos do consumidor, elementos essenciais para quem deseja criar coleções que não apenas sigam tendências, mas que as antecipem. A pesquisa de campo de Fabi Ramos é minuciosa: das texturas e tecidos inovadores da Première Vision às interpretações contemporâneas vistas nas vitrines da cidade, cada detalhe será transformado em coleções com um alto apelo comercial e emocional. Com sua experiência e curadoria afiada, Fabi está pronta para traduzir esses insights em peças que irão definir as próximas estações. A presença em Paris reforça o compromisso da Clique Fashion em trazer ao Brasil coleções que combinam criatividade e resultado, colocando sempre o cliente no centro das decisões estratégicas. Seja no atacado ou no varejo, o conhecimento adquirido por Fabi em Paris permite criações que não só encantam, mas vendem! Você pode fazer essa super viagem com a curadoria da Fabi Ramos, que saber como? Clique aqui para mais informações. Você pode conferir mais news em nosso Instagram.
Palestra Shopping Via Direta
Em junho fomos convidados pelo Via Direta Shopping de Moda no Atacado, localizado em Americana/SP, para apresentar nossa palestra “Planejamento Estratégico de Coleções de Moda. Nesse evento contamos com a presença de lojistas, gerentes e vendedoras de diversas lojas do Shopping, resultando em um encontro incrível, onde abordamos de forma muito dinâmica “O Novo Método de Estrutura e Planejamento Estratégico de Coleções”, tratando do Conceito até a entrega de uma Coleção de Sucesso, pensada e produzida para impulsionar as vendas com muito sucesso. Agradecemos o Shopping Via Direta pelo convite, bem como a gerência, empresários e corpo de profissionais que estiveram presentes. Gratidão da Fabi e da equipe Clique Fashion. Muito sucesso para nós!!!
Planejamento de coleção é tudo
Você sabe quais os primeiros passos para planejar uma coleção de moda de sucesso?! Então confere neste post! Para qualquer ação em nossas vidas a primeira pergunta a povoar nossos pensamentos é “por onde eu começo?”. E com a indústria e o mercado da moda não seria diferente, vamos conversar sobre planejamento, o famoso pontapé inicial na sua coleção de moda. Quando vamos desenvolver uma coleção precisamos ter uma visão sistêmica e criar um planejamento detalhado pensando em todo o processo do início ao fim. O planejamento de coleção vai muito além da cartela de cores, tecidos e aviamentos. Mas antes de iniciar o planejamento, tenha muito bem definido o branding do seu negócio: a identidade, a essência, os valores e o propósito da sua marca. O branding vai funcionar como um guia que aponta o melhor caminho de acordo com o DNA da sua marca e vai te ajudar a tomar decisões assertivas lá na frente.Saber qual é o seu nicho e o seu público-alvo também é essencial na sua organização. As marcas precisam contar sua história, sua base, filosofia e propósito. É como escrever uma carta de amor e intenções, é ter cuidado e empatia com seus consumidores, além, é claro, de oferecer sonho e emoção. Esta harmonização de branding, propósito de marca e a sua coleção é extremamente importante, pois o cliente atualmente espera mais que um produto. O consumidor quer se identificar com aquilo que ele consome. Agora sim, vamos ao planejamento! Faça um levantamento de todos os processos e etapas que devem ser feitas antes da sua coleção chegar às lojas. Por vezes a ansiedade pela mão na massa acaba atropelando o planejamento. Entretanto ao não se dedicar nesta etapa, você provavelmente precisará dar conta dela com outros processos acontecendo ao mesmo tempo e, isto pode ter um impacto negativo nas suas vendas e na sua produtividade, não deixe isso acontecer. Se planeje e organize! Você precisa definir os seguintes pontos: orçamento disponível para a criação, calendário, cronograma, tamanho da coleção, inovações, comportamento do consumidor, estimativa de vendas, análise de coleções anteriores, preço médio, movimentos do mercado, inspirações e entender o que é realmente essencial para a marca e seu público. Podemos começar o nosso planejamento pela pesquisa – essencial para entender as novas tendências e como traduzi-las para a sua essência-, a análise comercial, passar pela criação dos desenhos, atendimento de fornecedores, grade e mix de produto, provas, campanha da coleção e logística de distribuição. Crie prazos reais que podem ser cumpridos e lembrando sempre desse tempo que cada etapa leva para ser concluída. Ainda que você dedique sua energia nesta etapa do planejamento, imprevistos podem acontecer. Esteja preparado para isso no seu planejamento também, assim você terá mais segurança, assertividade e tranquilidade para produzir a sua coleção de sucesso! Um produto coeso e bem alinhado, que sabe quem é sua clientela, é mais facilmente compreendido pelas pessoas e consequentemente mais vendido. Pense nisso! Leve em consideração: em um mundo tão grande e cheio de possibilidades, é possível que uma outra marca esteja fazendo o mesmo que a sua. Por esse motivo, se dedique com atenção em saber qual é o seu diferencial em um mercado tão competitivo e planeje com cuidado a sua coleção. A sua dedicação vai refletir nos seus resultados! Espero que esse texto tenha contribuído para sua reflexão e aprendizado de alguma maneira. Conte para nós aqui nos comentários como foi a leitura e se ficou alguma dúvida relacionada ao planejamento de coleção.
Compre, mas com consciência – 3 Dicas para o consumo consciente
O consumo consciente é bom para todos envolvidos dentro da cadeia de produção da moda; o varejista consegue fidelizar o cliente proporcionando uma experiência de transparência e de procedência do produto oferecido, o comprador garante uma compra que gera menos impacto no meio ambiente e o mundo agradece por sua preservação. O que é consumo consciente? Consumir conscientemente é ter clareza do ato da compra, do impacto na natureza do produto adquirido e saber que esta postura faz parte de um movimento de sustentabilidade e de alguma forma pressiona uma mudança benéfica nos meios de produção. Consumo consciente, sustentável ou responsável são todos nomes para mesma ação: controlar o impulso de comprar sem pensar e saber a procedência/impacto desse produto. 2.COMPRE DO PEQUENO PRODUTOR Empresas muito grandes acabam por ter seus lucros garantidos e, além disto, a grandeza delas já atraem um volume grande de compradores, não obstante, são essas mesmas grandes marcas que são responsáveis por um impacto negativo no meio ambiente, mas não precisa ser assim, já falamos, por exemplo, do que fazer com resíduos têxteis, vale a pena a leitura. Então a recomendação é: compre de pequenas marcas e produtores, desta forma você se certificará com mais facilidade da procedência do produto e do posicionamento da marca. 3.DURABILIDADE Em uma cultura de consumo desenfreado, por vezes nós acabamos de comprar algo e logo esse produto se danifica. O melhor é fazer um reparo, entretanto, em alguns casos a compra de um novo acaba sendo mais viável. Quando isso acontece é prejudicial duplamente, para o nosso dinheiro que é jogado fora com um investimento mal sucedido e para o mundo com a produção enorme de lixo. Sendo assim, quando for investir procure produtos mais duráveis, mesmo que isso signifique um investimento maior, a longo prazo valerá a pena. Essas são três dicas que elencamos para a prática do consumo consciente, e você já prática algo e gostaria de compartilhar conosco? E o que achou das nossas dicas? São possíveis de serem colocadas em ação. Aqui o canal da comunicação está sempre aberto.
Semana de Moda de Nova York – 2020 e suas mudanças.
2020 está sendo um ano de mudanças profundas e ágeis em toda a sociedade. A semana de moda de Nova York mostra quais são os possíveis caminhos para o mercado fashion daqui para frente. E cabe a nós investigar o que irá perdurar ou não. A CDFA (Council of Fashion Designers of America) anunciou antes do evento no começo deste mês de Setembro que diferente de outros anos, e seguindo um movimento de outros acontecimentos na indústria, que a semana de moda de Nova York seria reduzida a três dias e aconteceria online. Essa atitude tomada não pretende se estender para futuras edições. E nesta o vice-presidente de Marketing Mark Beckham garantiu o suporte de equipamentos para se certificar da qualidade de transmissão para as marcas. Vamos aos destaques: Viviene Hu Podemos ver nesta coleção apresentada no último dia 16 de Setembro na semana de moda de Nova Iorque, o quanto a estilista está conectada com as demandas atuais e como assimilou-as em sua criação. Sem perder o seu caráter urbano, podemos ver uma coleção extremamente feminina e elegante, a cartela de cores é belíssima – transita entre os tons pastéis, preto e off white sem parecer datada e com a palavra conforto presente em todos os looks. Nota-se essa característica na escolha de tecidos fluídos, bases acetinadas, rendas, transparências, mangas e detalhes exuberantes, e nas silhuetas bem soltas. Zimmermann Nicky Zimmermann já disse que se não fosse estilista seria florista e nós podemos perceber a sua intimidade com a flores nesta coleção chamada “Wild Botanica”. Em um exercício de olhar para si e de reflexão sobre esse momento conflituoso mundialmente, a estilista se inspirou na fauna e na flora do seu país natal Austrália para compor o desfile. Aplicações 3D são o ponto alto das roupas. O movimento e a fluidez de algumas aplicações realmente nos remetem a flores aplicadas nas roupas. PatBO O nome da coleção apresentada por Patrícia Bonaldi é Acqua; a estilista se inspirou no mar e em uma silhueta retro para o seu desfile digital O universo aquático foi casado com as marcas registradas de PatBO: tecidos fluidos, bordados a mão e estampas em profusão. Jason Wu Suas férias na cidade mexicana de Tulum, acabou por ser a grande de Jason Wu para sua coleção verão 2021. O cenário de desfile foi praiano, apesar de ter acontecido na cobertura de um prédio no meio da selva de pedra que é Nova York. Ele levou a área da praia, a vegetação e looks. O evento foi online, mas foi possível perceber algumas presenças na plateia, todos cumprindo as recomendações de distanciamento e uso de máscara. Tom Ford Inspirado pelas modelos Pat Cleveland e Donna Jordon; e pelo apogeu e a promessa de um mundo brilhante e vibrante entre os anos 60 e o começo dos 80 Tom Ford cria uma coleção colorida com um tom escapista diante de caos do mundo contemporâneo. Apesar de diminuta a semana de moda de Nova York foi um vislumbre da nova organização do calendário fashion, com uma série de desfiles relevantes e impactantes. Do que nós mostramos aqui, o que mais gostou? Você adicionaria algo aos nossos destaques? O que? Conte para gente, queremos saber!
Sobrou! E agora? O que fazer com os resíduos têxteis?
As mudanças são essenciais, tudo muda o tempo todo! A sustentabilidade deixou de ser uma questão de escolha e passou a ser uma postura necessária para um mundo melhor. E o mercado da moda caminha a todo vapor para assimilar processos sustentáveis. Vamos investigar como! É importante sabermos que todos devem estar comprometidos nesta luta de diminuir o impacto das indústrias no meio ambiente, tanto que o Plano Nacional sobre Mudança no Clima criou a lei a 12.305/2010 como uma ferramenta para determinar o reaproveitamento, reciclagem e minimização de resíduos na natureza. Isso, porque 60% dos resíduos têxteis são descartados incorretamente em aterros sanitários, e este número equivale a 100 mil toneladas. Aqui vão três dicas para você começar a ver os resíduos não como meros descartes, mas sim como uma chance de criar novas oportunidades ou negócios com impacto socioambiental positivos: REPENSEEvite gerar resíduos têxteis. Investigue como aproveitar o máximo do rolo de tecido, pois desta forma não precisará se preocupar com as sobras, ou ao menos terá um volume muito menor para dar o destino correto. Uma maneira de evitar resíduos é utilizar o sistema de encaixe e corte automatizado, assim criando maior aproveitamento do tecido, como o sistema da Audaces 360 que explicamos mais abaixo. Outra alternativa é o zero waste, já conversamos aqui no blog, confira.ORGANIZEOrganize os seus resíduos e faça a separação por tipo de material. O descarte organizado possibilita a visão do que pode ser reinserido futuramente dentro da sua fabricação e, abre a porta para novos negócios, como parcerias com a comunidade local ou cooperativas. Organize-os pela composição, por exemplo. Saber como funciona o ciclo de vida de uma roupa pode te ajudar a compreender melhor esse cenário, leia o post anterior.REUTILIZEUtilize o seu estoque. Tudo começa na pesquisa e na criação, olhe para o seu acervo veja o que pode ser usado em uma nova coleção ou acessórios para compor o seu mix de produtos. Seja criativo, inclusive, no desenvolvimento de novos produtos. Sabe o que tem tudo a ver com essa prática? O upcycling, confira aqui no blog. A empresa Lucitex, por exemplo, entende que os resíduos têxteis de uma confecção de camisetas podem ser usadas nos forros das peças íntimas que eles produzem. Essa transação demonstra a importância de prestar atenção no seu descarte, ele pode ser uma oportunidade. A Vicunha Têxtil valoriza e potencializa o seu investimento em matéria prima com o reaproveitamento de toneladas de fios que seriam descartados e os transforma em novos tecidos. Com essa iniciativa em apenas uma das unidades houve um ganho médio de 890 mil metros de tecido ao ano. A Hering atua ecologicamente de duas maneiras. Ela encaminha as suas sobras de tecidos para uma cooperativa de costureiras de Blumenau, lá elas confeccionam artesanato com os resíduos sólidos. E a outra forma que a marca encontrou de ser sustentável foi criar por intermédio da Fundação Herman Hering e com a colaboração de Alexandre Herchcovitch e outros grandes nomes da moda, um projeto chamado Trama Afetiva para orientar profissionais e estudantes de moda no caminho da sustentabilidade. Lá no começo do texto nós mencionamos a lei 12.305/2010, todavia é preciso dizer que ela se refere diretamente a grandes confecções, porém um volume grande da produção têxtil é feita por terceirizadas, consequentemente elas produzem ao menos 107,5 toneladas de resíduos, apesar de não se enquadrarem na lei. A Brandili Têxtil é uma empresa com práticas sustentáveis em sua sede, e se preocupa em implementar esses parâmetros nas suas terceirizadas também. A Audaces faz uso da inovação e tecnologia para otimizar o uso do tecido de forma inteligente. Com o software Audaces 360, com a tecnologia 4DAlize, você cria roupas incríveis e realiza ideias minutos depois de imaginá-las, diretamente sobre um manequim tridimensional. Uma das ferramentas que o programa oferece, há opções de encaixe que garantem economia de tempo e de matéria-prima, assim economizando tecido e reduzindo a quantidade de resíduos têxteis. A Farm é uma ótima ilustração para o comprometimento de marcas com questões ambientais. Não faz muito tempo em colaboração com a Re-roupa a Farm lançou uma coleção seguindo os padrões de upcycling. Com essa parceria já foi possível reaproveitar 5 mil metros de tecido. O Banco de Tecido e a Nosso Tecido são outros dois empreendimentos parceiros da Farm, para as quais ela doou 10 mil metros de tecido. E o que é Banco de Tecido e Nosso Tecido? O Banco de Tecido é um espaço dedicado para e venda e troca de tecido e o Nosso Tecido é um negócio on-line do mesmo nicho. Confira abaixo como funciona: As informações que levantamos ajudaram você a repensar a questão dos resíduos têxteis? Aquela angústia de querer começar um novo hábito, mas não saber como, passou? Tentamos com esse texto apresentar caminhos possíveis para comportamentos mais sustentáveis, e esperamos realmente que tenha ajudado. Conte para gente! Estamos abertos para uma boa conversa sobre como o mundo pode ser um lugar melhor.
Ciclo de vida – Moda sustentável do começo ao fim
Quando você pensa em moda sustentável o termo ciclo de vida povoa a sua cabeça? Entenda como a cadeia produtiva está interligada e quais as fases do ciclo de vida de um produto de moda No Clique Fashion nós estamos na caminhada da sustentabilidade na moda. Criamos canais de diálogo sobre upcycling, o universo do brechó e mais recentemente zero waste. Mas calma! Cada coisa em seu lugar! O lifecycle nos ajudará a organizar nosso pensamento. O termo ciclo de vida para a moda é uma analogia para seu significado biológico. Tudo nasce, cresce, reproduz e morre. Podemos entender, desta forma, que o ciclo da vida na moda é o caminho o design de uma peça até o seu descarte de uma forma integrada. Muito se fala que uma produção sustentável é o futuro da indústria da moda, entretanto é preciso lembrar que o futuro se faz com o presente. Difundir essa estrutura do ciclo de vida de uma roupa é uma maneira de entender a importância de toda cadeia produtiva da moda e plantar anos mais prósperos para o mundo, sociedade e a economia. Vamos pensar juntos sobre isso! Eis algumas questões: Por que produzir essa peça?Como produzir essa roupa?Qual é a minha relação com essa peça?Quando essa roupa não estiver mais comigo, para onde ela vai?Depois de pensar nestas perguntas adiciono em nossa reflexão as etapas do clico de vida de uma roupa na lógica da moda sustentável, são: design, produção, distribuição, uso e o fim da vida da peça. O design nesta perspectiva preocupa-se com o material, o processo de criação estética e o significado subjetivo, afetivo, da peça. A produção se encarrega de uma manufatura limpa e sem desperdícios, ou evitando ao máximo. É nesta etapa que garantimos a longevidade da roupa, por exemplo. Na distribuição a equação tem como determinante a maneira que essa peça chega até o consumidor. Nesta instância até o veículo que transporta a produção é levado em consideração. O uso é a roupa no mundo, com vida. Como essa roupa será utilizada? Como está sendo a manutenção e lavagem dessa peça? Qual é a experiência do cliente em consumir essa marca? A peça vai ser reformada? Revendida? E por último, mas absolutamente não menos importante, o fim da vida ou descarte. Como essa peça será descartada? Ela pode ser reutilizada ou reciclada? É o momento que o descarte da peça e o seu impacto no meio ambiente é discutido e, por consequência, é neste estágio que surgem alternativas ecológicas para recolocar essa peça no mercado, o upcycling é isso. O ciclo de vida de um produto pode ser utilizado por toda indústria, independente de seu segmento, como explica o vídeo abaixo: Prolongar o ciclo de vida de uma peça e evitar ao máximo que ela seja descartada é um dos pilares da construir uma moda mais sustentável. Após entender esse ciclo, é importante analisar o impacto ambiental associado ao longo do ciclo de vida, a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), regida pelas normas ISO 14040, criadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A partir da ACV, a indústria pode verificar o que está fazendo de errado e corrigir sua produção. Um conceito bastante utilizado não só planejar um novo produto ou para melhorar um que já existente são os seis “erres” da sustentabilidade. O pensamento se baseia nos seguintes conceitos: Repensar: Examinar o produto para que ele seja o mais sustentável possível; Repor (substituir): Verificar a possibilidade de substituição de algum item que seja tóxico por outro que impacte menos a saúde humana e o meio ambiente; Reparar: Desenvolver um produto que possa ter suas partes ou peças reparadas; Reduzir: Pensar em uma forma de reduzir o consumo de matéria-prima, de energia, de água e a emissão de poluentes; Reutilizar: Pensar em um produto que tenha suas partes ou materiais passíveis de serem utilizadas novamente; Reciclar: Transformar os produtos ou resíduos que seriam jogados fora em matéria-prima ou em novos produtos O que achou do ciclo de vida de uma peça? Já tinha parado para pensar nisso? O mundo da moda é enorme, complexo e incrível ao mesmo tempo. Responda para nós essas questões e as outras tantas levantadas no texto. Queremos te ouvir, saber o que pensa!
Zero Waste – resíduo zero e o mercado sustentável da moda
Conheça essa prática sustentável na moda que une criatividade, design e ética rumo a um futuro sem desperdícios e de menor impacto ambiental Para o comerciante pode parecer uma ideia assustadora mudar o seu processo de produção. Mas não há motivos para esse medo, pois o zero waste ou resíduo zero é um apanhado de benéficos para o desenvolvimento da sua coleção de moda. Design criativo, diminuição drástica do impacto ambiental, aproveitamento do máximo possível da matéria-prima e acréscimo de valor social da marca são algumas das vantagens. “A indústria do vestuário descarta cerca de 15% do que produz, o que a longo prazo gera um problema de grandes proporções: este prejuízo não é só financeiro como também socioambiental”, como diz Francis da Silveira Firmo em seu artigo sobre a técnica. E se você está imaginando que esse pensamento sustentável é uma lógica do nosso tempo, engano seu. Veja só que interessante! Os egípcios 3000 anos antes de Cristo já faziam o aproveitamento total do tecido, com a amarração de tangas e mantas junto aos seus corpos. Certamente já não vemos mais as pessoas saírem pelas ruas usando tangas e mantas como os egípcios, entretanto algumas modelagens da antiguidade permaneceram vivas, e hoje em dia, para algumas delas podemos dar o nome de zero waste, os exemplos são: túnicas da cultura egípcia e de outros grupos étnicos do oriente médio, e os quimonos trajes tradicionais da cultura japonesa. O zero waste está essencialmente no processo de desenvolvimento e design, é neste momento que acontece um estudo de moldes preocupando-se em como fazer uma modelagem adequada, e por consequência, cortar o tecido de uma maneira que não ocorra nenhum tipo de desperdício. Na moda sustentável o zero waste é uma ferramenta de protagonismo para a estrutura da peça, e desta forma ao ser produzida ela garanta um aproveitamento total do tecido. Mas, no fim das contas como essa metodologia é posta em prática? Como é feito esse molde zero waste? Existem várias técnicas de criação de moldes zero waste, por exemplo a Minimal Seam Construction (David Telfer) que reduz o número de moldes em uma peça para utilizar o máximo que o tecido pode oferecer; o Square-cut Pattern (Carla Fernández e David Andersen) usa formas geométricas e assim proporciona pouco desperdício; uma outra técnica é a Jigsaw Puzzel (Holly McQuillan, Timo Rissanen e Sam Formo) que utiliza os moldes como se fosse um quebra-cabeça considerando as “sobras” como elementos da roupa. O zero waste não se trata apenas de um aproveitamento total da matéria prima ou de pensar criativamente no desenvolvimento de uma roupa para evitar o desperdício, não! Não é somente isso, é também reconhecer o valor e o impacto de toda a linha de produção. A marca novaiorquina Zero Waste Daniel, por exemplo, produz roupas e acessórios exclusivos aplicando a arte da costura aos resíduos da indústria da moda. “Eu não faço trabalhos que machuquem ou oprimem pessoas, que fazem alguém odiar seu corpo ou seu rosto, ou que polui a água de alguém. Estou disposto a trabalhar com o que temos, não me importa quanto tempo leve, me importo se você está bem. Eu me importo que seja feito aqui, que seja justo. ” – ZERO WASTE DANIEL Outra marca brasileira que desenvolve o trabalho de zero waste nas suas peças é a Tsuru Alfaiataria, que trabalha as modelagens com formas geométricas e respeitando as dimensões dos tecidos, utilizando pregas e pences assemelhando-se a técnica do origami. Outro diferencial é o fato de não utilizarem zíperes, botões e elásticos para os fechamentos e ajuste das peças ao corpo, e sim métodos de amarrações com tiras. E você já sabia o que era zero waste? Acredita nesta prática como uma forma de proteger o meio ambiente? Queremos saber a sua opinião, conte para a gente! Vamos conversar sobre um mundo melhor.
Upcycling uma nova força na consciência ambiental
Produzir uma moda mais sustentável virou um fator determinante para a aproximação dos clientes com as marcas nesse novo cenário Estamos testemunhando a consolidação de um comportamento, por consequência, uma nova maneira de estar no mundo. Upcycling é um caminho sustentável, ecológico, consciente e com capacidade de ser lucrativo para o mercado da moda. A moda sustentável é sem dúvida agir de forma ética na sociedade. E assim refletir sobre o processo de pré-produção até o final da vida útil de um produto. Pensar em uma moda sustentável é entender a importância de estender o máximo possível a vida útil da sua matéria prima, isso é upcycling, é usar a moda de um jeito ético e ecológico; reutilizar tecidos, linhas e aviamentos em novas peças. Mas não confunda! Sim, precisamos deixar bem sublinhada a diferença entre upcycling e reciclagem, aliás ambos os termos estão longe de ser a mesma coisa. A Reciclagem desvaloriza a matéria-prima pois há um processo químico ou mecânico no manejo deste material, desta maneira o tornando secundário na fabricação de novos produtos. Já o upcycling faz o movimento contrário, agrega valor por intermédio de técnicas de produção artesanal, e esse pensamento estratégico tem se tornado cada vez mais comum quando se fala em moda sustentável. “UPCYCLING IDEOLOGY”Um bom exemplo de upcycling é o lançamento da última coleção masculina, Primavera 2021, da marca de luxo Louis Vuitton em Xangai. Assinado pelo expoente e forte nome no universo fashion, Virgil Abloh tem feito esforços para avançar em direção a um processo de design mais sustentável. “As ideias – a própria base da moda – não são mais descartáveis” diz Virgil Dos 52 look apresentados apenas dois utilizaram material novo, 25 foram feitos de tecidos reciclados e outros 25 tiveram reinserção de materiais de coleções anteriores. Incrível! Uma outra palavra que é relacionada a esse novo movimento – que de novo não tem nada, essa estratégia de sustentabilidade é de meados dos anos 90, porém ganha importância agora, principalmente no Brasil – é redesing, pois se trata de pensar a produção de um produto sem necessariamente usar novas matérias primas. No livro Do berço ao berço – Refazendo o Modo Como Fazemos as Coisas de William McDonough e Michael Braungart os autores versam o quanto essa é uma ideia inteligente, criativa e sustentável. Vem conhecer algumas marcas que são referências em upcycling no Brasil: CAMON Prova do quanto a criatividade soma valor a moda sustentável é a marca CaMon que usa o tecido do guarda-chuva que seria descartado para a criação de suas peças ZEREZES Seguindo com materiais inusitados a Zerezes, marca de óculos, cria armações fazendo o upcycling de madeiras descartadas e canudos plásticos que é um dos grandes vilões da sustentabilidade. UP MAJUISI O reaproveitamento de peças de grandes grifes também acontece em terras brasileiras como podemos ver na colaboração de Marcelo Summer com o brechó Casa Juisi na criação da marca Up Majuisi, onde eles juntam camisetas vintage com camisolas antigas, compondo uma linguagem extremamente fashionista para roupas esquecidas. Sendo assim, podemos ter certeza de que as pessoas estão mais engajadas em ideias e ações sustentáveis, logo as empresas estão descobrindo novas maneiras de criar produtos que sejam criativos e consciente. E o planeta agradece! Por que não alinhar um consumo consciente com ideias criativas? Upcycling é isso. Aqui foi apresentado marcas e estilistas que usam está técnica, mas e no seu guarda-roupa? Tem uma peça ou acessório upcycling? Ou quem sabe você já estava dentro deste movimento sustentável e ainda não tinha se dado conta, não é mesmo? Conta aqui nos comentários o que você achou desse movimento da moda sustentável, se você já consome ou produz peças focadas no upcycling! Será incrível saber!